Gente,
Eu adoro essa mulher. A voz
dela é qualquer coisa. Uma vez assisti a um show dela no antigo teatro Tereza
Rachel em Copacabana, há muitos anos atrás - só ela e piano (que ela também
tocava ocasionalmente durante o show). É ao vivo, ali com o microfone na mão, é
que a gente vê quem tem voz e quem não tem e ela eu posso garantir, canta
muito. Um espetáculo. Voz, interpretação, presença de palco. Tudo,
absolutamente tudo, perfeito.
História
Zizi Possi, cujo nome de batismo é Maria
Izildinha Possi, é um colírio para os olhos, ouvidos e para a alma. Ela nasceu
em 28 de março de 1956 no bairro do Brás, que é o maior quantitativo de
imigrantes italianos por metro do país - em São Paulo. Quando ainda estava na
infância começou a aprender piano e canto. Aos dezesseis mudou-se para
Salvador, para cursar a Faculdade de Música (composição e regência). Após dois
anos e meio desiste do curso e passa a fazer teatro com seu irmão, José Possi
Neto, conhecido diretor de teatro. Nesta época participa de um musical – Marilyn
Miranda e de um projeto da Prefeitura local, onde atua como professora de
música, ensinando a crianças carentes do Pelourinho; grava jingles comerciais e
especiais para a TV de Salvador. Logo após, se muda para o Rio de Janeiro.
Assina contrato com o selo Philips, por
intermédio do então Diretor Artístico da gravadora, Roberto Menescal, que
posteriormente vira a Polygram (hoje é Universal Music), pela a qual lançaria a
maioria de seus trabalhos. O primeiro foi em 1978, “Flor do Mal”, cujo destaque
foi a canção “Pedaço de Mim” de Chico Buarque. No segundo álbum, “Pedaço de
Mim”, de 1979, foram destaques as canções “Nunca”, de Lupicínio Rodrigues e
“Luz e mistério”.
O disco seguinte, “Um Minuto”, dá origem a um
espetáculo em 1981, pelo qual ganha seu primeiro prêmio: cantora-revelação pela
APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte).
Em 1984 lança “Dê um Role”, e em 1987 “Amor e Música”. Ambos os
trabalhos seguiam uma linha mais comercial e muitas de suas interpretações
acabaram em trilhas de novelas.
Em 1982, o Ballet teatro do Balé Teatro Guaíra
cria o espetáculo “O Grande Circo místico”, do qual participa viajando pelo
país inteiro e cujo destaque é sua interpretação da canção-tema “O Grande Circo
Místico”, composta por Chico Buarque e Edu Lobo. O espetáculo baseia-se na saga
da família austríaca proprietária do Grande Circo Knie, que percorria o mundo
se apresentando no início do século.
Em 1985 participa do projeto que pretendia
levantar fundos para acabar com a seca no Nordeste e que uniu 155 vozes no
compacto duplo, que continha as músicas “Chega de Mágoa” e “Seca d´água”. O
projeto brasileiro teve inspiração no sucesso americano de “We are de World” do
USA for África.
Em 1986, lança “Perigo”, que
fez parte da trilha sonora da novela Selva de Pedra (Rede Globo). A música foi
seu maior sucesso e fez com que ficasse extremamente famosa em todo o Brasil.
Em 1989, lança “Estrebucha Baby” —
afastando-se do padrão comercial de então. O trabalho foi recebido com frieza e
foi um fracasso comercial. Junto com este fracassado disco, veio a sua saída da
gravadora, o fim do casamento de seis anos com o pai de sua filha (Luiza
Possi), e o retorno a São Paulo – sua cidade natal.
Seu espetáculo temático “Sobre Todas as
Coisas” permaneceu em cartaz por dois anos e originou um álbum homônimo que foi
lançado pela pequena gravadora Eldorado (1991). Em 2006, é relançado em CD numa
versão acústica, virando um enorme sucesso. Por este disco recebe dois prêmios:
o extinto Prêmio Sharp (atual Prêmio Tim de Música) e pela APCA, de melhor
cantora e melhor CD de MPB em 1991, tendo sido considerado por todos como um
divisor de águas na carreira de Zizi.
Para poder ter maior liberdade de escolha em
seu repertório, transfere-se para um selo independente “Velas”, fundada por
Ivan Lins e Vítor Martins. E em 1993 lança ”Valsa Brasileira”, cujo repertório
consistia de regravações de canções de compositores consagrados mais que eram
pouco conhecidas. Por este álbum, ganhou o Prêmio Sharp de melhor disco de MPB,
entrando no rol das grandes cantoras deste gênero. ”Valsa Brasileira” foi
considerado inovador pela sua incursão por arranjos eletrônicos, pelo
repertório seletivo, cuidados técnicos e arranjos apurados.
“Mais Simples” de 1996 é seu terceiro trabalho
acústico e marca o retorno à gravadora multinacional; a mesma da qual havia
saído sete anos antes. Porém, o sucesso de vendagem só voltaria com “Per Amore”
de 1997, no qual interpretou clássicos da música italiana e garantiu à cantora
um disco de ouro, um de platina e um duplo de platina. A faixa título fez parte da trilha sonora da
novela "Por Amor", de Manoel Carlos. A idéia de gravar um CD inteiro
de músicas Napolitanas surgiu em função da comemoração das bodas de seus ouro
dos pais, naquele mesmo ano — e por sua descendência italiana.
Nessa época, Zizi recebeu o
Troféu Imprensa, na categoria Melhor Cantora do Ano. Seu segundo álbum em
italiano, “Passione” (1998), lhe garantiu novamente um disco de ouro e de
platina. A retomada do repertório brasileiro se deu no álbum seguinte, “Puro
Prazer” (1999), no qual concretizou um antigo projeto de gravar voz e piano.
Esse disco, em especial a gravação de “Disparada”, lhe rendeu três indicações
ao Grammy Latino, mas infelizmente perdeu nas três categorias para a cantora
Shakira.
Em 2000, a Universal Music
lança uma caixa box intitulada “Três vezes Zizi”, com “Per Amore”,
“Passione” e “Puro Prazer”, que vendeu
um total de um milhão de cópias em conjunto. Devido a este enorme sucesso, a
gravadora relança os discos da primeira fase, através da série “Tudo”, que lhe
rendeu o Prêmio Carosone Internazionale, na Itália em 2003.
Atendendo a um pedido do
presidente da Universal Music, Marcelo Castelo Branco, lança “Bossa”, onde
regravou canções nacionais e internacionais, de outros gêneros com arranjos de
bossa nova. Ao contrário do que havia sido estabelecido entre artista e gravadora,
o CD não foi lançado oficialmente, nem teve esforço de divulgação ou
distribuição por parte da empresa. Até os shows de lançamento programados em SP
e no RJ tiveram que ser bancados pela própria cantora. Obviamente esse episódio
gerou uma crise entre Zizi Possi e a Universal, que solicitou de forma
irrevogável seu desligamento do Cast, que acabou acontecendo ao final da sua
temporada no Canecão - RJ, em 2002.
Esta crise, de falta de
credibilidade para com a empresa, levou à artista a desistir de assinar, com
qualquer gravadora, longos contratos. Paralelo a isso, somados a sérios
problemas familiares, Zizi entra em depressão, que a acometeu por
aproximadamente três anos.
O retorno ao trabalho e à
mídia ocorreu com o lançamento do seu trabalho mais recente: “Para Inglês ver e
Ouvir” (2005), que contém clássicos da música internacional, norte-americana e
inglesa. O projeto surgiu através do repertório que a cantora preparou para se
apresentar, a convite, na respeitada casa paulistana de espetáculos Bourbon
Street, foi gravado em São Paulo, no Teatro Frei Caneca. Um marco na carreira
de então 27 anos, pois foi o primeiro disco ao vivo, o primeiro em inglês e o
segundo DVD lançado, após “Per Amore” (originalmente lançado em VHS em 1998).
Seus maiores sucessos foram:
Nunca, Luz e mistério, Meu amigo meu herói, Caminhos do sol, Engraçadinha, Eu
velejava em você, O amor vem pra cada um, Dê um rolê, Luiza, Perigo, Esquece e
vem, Noite, A paz e principalmente Asa morena.
Foi casada com o produtor
musical Líber Gadelha (fundador da gravadora independente Indie Records em
1997) e juntos tiveram Luiza, nascida em 26 de junho de 1984 e que todos
conhecem, por tratar-se da hoje cantora - Luiza Possi.
Ligue o som e curta os
vídeos. Você vai ficar extasiado.
Meu Erro
Caruso & Io Che Amo Solo Te
Per Amore
Per Amore
Pedaço de mim - com Chico Buarque
Caminhos de Sol
Asa Morena
Disparada
Nada por mim
Quando o amor acontece
Papel Marchê
Tempos Modernos
Eu te amo
Sentimental eu sou /
Dedicado a você
Show (Músicas em Inglês)
Show Completo (Músicas em Italiano)
Dois pra lá, dois pra cá (com João Bosco)
Só o tempo (com Paulinho da Viola)
Bilhete (com Ivan Lins)
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