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sexta-feira, 15 de março de 2013

Zizi Possi - Adoooooooooooooro


Gente,

Eu adoro essa mulher. A voz dela é qualquer coisa. Uma vez assisti a um show dela no antigo teatro Tereza Rachel em Copacabana, há muitos anos atrás - só ela e piano (que ela também tocava ocasionalmente durante o show). É ao vivo, ali com o microfone na mão, é que a gente vê quem tem voz e quem não tem e ela eu posso garantir, canta muito. Um espetáculo. Voz, interpretação, presença de palco. Tudo, absolutamente tudo, perfeito.

 História

Zizi Possi, cujo nome de batismo é Maria Izildinha Possi, é um colírio para os olhos, ouvidos e para a alma. Ela nasceu em 28 de março de 1956 no bairro do Brás, que é o maior quantitativo de imigrantes italianos por metro do país - em São Paulo. Quando ainda estava na infância começou a aprender piano e canto. Aos dezesseis mudou-se para Salvador, para cursar a Faculdade de Música (composição e regência). Após dois anos e meio desiste do curso e passa a fazer teatro com seu irmão, José Possi Neto, conhecido diretor de teatro. Nesta época participa de um musical – Marilyn Miranda e de um projeto da Prefeitura local, onde atua como professora de música, ensinando a crianças carentes do Pelourinho; grava jingles comerciais e especiais para a TV de Salvador. Logo após, se muda para o Rio de Janeiro.

Assina contrato com o selo Philips, por intermédio do então Diretor Artístico da gravadora, Roberto Menescal, que posteriormente vira a Polygram (hoje é Universal Music), pela a qual lançaria a maioria de seus trabalhos. O primeiro foi em 1978, “Flor do Mal”, cujo destaque foi a canção “Pedaço de Mim” de Chico Buarque. No segundo álbum, “Pedaço de Mim”, de 1979, foram destaques as canções “Nunca”, de Lupicínio Rodrigues e “Luz e mistério”.

O disco seguinte, “Um Minuto”, dá origem a um espetáculo em 1981, pelo qual ganha seu primeiro prêmio: cantora-revelação pela APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte).  Em 1984 lança “Dê um Role”, e em 1987 “Amor e Música”. Ambos os trabalhos seguiam uma linha mais comercial e muitas de suas interpretações acabaram em trilhas de novelas.

Em 1982, o Ballet teatro do Balé Teatro Guaíra cria o espetáculo “O Grande Circo místico”, do qual participa viajando pelo país inteiro e cujo destaque é sua interpretação da canção-tema “O Grande Circo Místico”, composta por Chico Buarque e Edu Lobo. O espetáculo baseia-se na saga da família austríaca proprietária do Grande Circo Knie, que percorria o mundo se apresentando no início do século.

Em 1985 participa do projeto que pretendia levantar fundos para acabar com a seca no Nordeste e que uniu 155 vozes no compacto duplo, que continha as músicas “Chega de Mágoa” e “Seca d´água”. O projeto brasileiro teve inspiração no sucesso americano de “We are de World” do USA for África.

Em 1986, lança “Perigo”, que fez parte da trilha sonora da novela Selva de Pedra (Rede Globo). A música foi seu maior sucesso e fez com que ficasse extremamente famosa em todo o Brasil.

Em 1989, lança “Estrebucha Baby” — afastando-se do padrão comercial de então. O trabalho foi recebido com frieza e foi um fracasso comercial. Junto com este fracassado disco, veio a sua saída da gravadora, o fim do casamento de seis anos com o pai de sua filha (Luiza Possi), e o retorno a São Paulo – sua cidade natal.

Seu espetáculo temático “Sobre Todas as Coisas” permaneceu em cartaz por dois anos e originou um álbum homônimo que foi lançado pela pequena gravadora Eldorado (1991). Em 2006, é relançado em CD numa versão acústica, virando um enorme sucesso. Por este disco recebe dois prêmios: o extinto Prêmio Sharp (atual Prêmio Tim de Música) e pela APCA, de melhor cantora e melhor CD de MPB em 1991, tendo sido considerado por todos como um divisor de águas na carreira de Zizi.

Para poder ter maior liberdade de escolha em seu repertório, transfere-se para um selo independente “Velas”, fundada por Ivan Lins e Vítor Martins. E em 1993 lança ”Valsa Brasileira”, cujo repertório consistia de regravações de canções de compositores consagrados mais que eram pouco conhecidas. Por este álbum, ganhou o Prêmio Sharp de melhor disco de MPB, entrando no rol das grandes cantoras deste gênero. ”Valsa Brasileira” foi considerado inovador pela sua incursão por arranjos eletrônicos, pelo repertório seletivo, cuidados técnicos e arranjos apurados.

“Mais Simples” de 1996 é seu terceiro trabalho acústico e marca o retorno à gravadora multinacional; a mesma da qual havia saído sete anos antes. Porém, o sucesso de vendagem só voltaria com “Per Amore” de 1997, no qual interpretou clássicos da música italiana e garantiu à cantora um disco de ouro, um de platina e um duplo de platina.  A faixa título fez parte da trilha sonora da novela "Por Amor", de Manoel Carlos. A idéia de gravar um CD inteiro de músicas Napolitanas surgiu em função da comemoração das bodas de seus ouro dos pais, naquele mesmo ano — e por sua descendência italiana.

Nessa época, Zizi recebeu o Troféu Imprensa, na categoria Melhor Cantora do Ano. Seu segundo álbum em italiano, “Passione” (1998), lhe garantiu novamente um disco de ouro e de platina. A retomada do repertório brasileiro se deu no álbum seguinte, “Puro Prazer” (1999), no qual concretizou um antigo projeto de gravar voz e piano. Esse disco, em especial a gravação de “Disparada”, lhe rendeu três indicações ao Grammy Latino, mas infelizmente perdeu nas três categorias para a cantora Shakira.

Em 2000, a Universal Music lança uma caixa box intitulada “Três vezes Zizi”, com “Per Amore”, “Passione”  e “Puro Prazer”, que vendeu um total de um milhão de cópias em conjunto. Devido a este enorme sucesso, a gravadora relança os discos da primeira fase, através da série “Tudo”, que lhe rendeu o Prêmio Carosone Internazionale, na Itália em 2003.

Atendendo a um pedido do presidente da Universal Music, Marcelo Castelo Branco, lança “Bossa”, onde regravou canções nacionais e internacionais, de outros gêneros com arranjos de bossa nova. Ao contrário do que havia sido estabelecido entre artista e gravadora, o CD não foi lançado oficialmente, nem teve esforço de divulgação ou distribuição por parte da empresa. Até os shows de lançamento programados em SP e no RJ tiveram que ser bancados pela própria cantora. Obviamente esse episódio gerou uma crise entre Zizi Possi e a Universal, que solicitou de forma irrevogável seu desligamento do Cast, que acabou acontecendo ao final da sua temporada no Canecão - RJ, em 2002.

Esta crise, de falta de credibilidade para com a empresa, levou à artista a desistir de assinar, com qualquer gravadora, longos contratos. Paralelo a isso, somados a sérios problemas familiares, Zizi entra em depressão, que a acometeu por aproximadamente três anos.

O retorno ao trabalho e à mídia ocorreu com o lançamento do seu trabalho mais recente: “Para Inglês ver e Ouvir” (2005), que contém clássicos da música internacional, norte-americana e inglesa. O projeto surgiu através do repertório que a cantora preparou para se apresentar, a convite, na respeitada casa paulistana de espetáculos Bourbon Street, foi gravado em São Paulo, no Teatro Frei Caneca. Um marco na carreira de então 27 anos, pois foi o primeiro disco ao vivo, o primeiro em inglês e o segundo DVD lançado, após “Per Amore” (originalmente lançado em VHS em 1998).
Seus maiores sucessos foram: Nunca, Luz e mistério, Meu amigo meu herói, Caminhos do sol, Engraçadinha, Eu velejava em você, O amor vem pra cada um, Dê um rolê, Luiza, Perigo, Esquece e vem, Noite, A paz e principalmente Asa morena.

Foi casada com o produtor musical Líber Gadelha (fundador da gravadora independente Indie Records em 1997) e juntos tiveram Luiza, nascida em 26 de junho de 1984 e que todos conhecem, por tratar-se da hoje cantora - Luiza Possi.

Ligue o som e curta os vídeos. Você vai ficar extasiado.



Meu Erro

Caruso & Io Che Amo Solo Te


Per Amore

Pedaço de mim - com Chico Buarque

Caminhos de Sol

Asa Morena

Disparada

Nada por mim


Quando o amor acontece

Papel Marchê

Tempos Modernos

Eu te amo

Sentimental eu sou / 
Dedicado a você

Show (Músicas em Inglês)

Show Completo (Músicas em Italiano)

O Bêbado e o equilibrista (com João Bosco)

Dois pra lá, dois pra cá (com João Bosco)

Só o tempo (com Paulinho da Viola)

Bilhete (com Ivan Lins)



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